terça-feira, 20 de março de 2012

CIÚMES

Venha cá
Pare de graça
Parece criança
Fazendo pirraça
Beijando outra boca
No meio da praça
Querendo me fazer ciúmes

Coitado desse seu cúmplice
De olhos fechados
Todo compenetrado
Esforçando-se ao máximo
Para lhe dar algum prazer

Olha aí, não está vendo
Não há em você, nenhum desejo,
Suas pernas, eu vejo, estão firmes!
Beijas ele quase sem querer
Suas mãos, nem sabem o que fazer
Ficam aí, frouxas, soltas
Segurando o nada

Não devias tanto sofrer
Ocupar-se em me procurar
Só beijo quem desejo
Por quem tenho tesão
Por que então, essa atitude descabida,
Essa sua tola encenação?

Logo, a manhã vai surgir
Vou caminhar sozinho e deitar na rede
Vou sentir o seu cheiro
Vou sonhar com você
A noite passada foi passada
Ficou para trás
Pedaços de vida
Escondidos de nós

E se hoje não encontro seu corpo
Em meus lençóis
Apenas fica a pergunta
No amanhã,
O que será de nós?



Por: Henrique Biscardi

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