Um silêncio soprou em meus ouvidos
Palavras que meu ser me ocultou
Dar mais ouvidos ao Ego que ao Siso
Fazer o que for preciso
Para não morrer de amor
Uma brisa corta meus olhos
E fere o meu orgulho
Lágrima de despejo e alívio
Uma centelha de fogo se apagou
Larvas de vulcão adormecido
Escorrem pela montanha sem pudor
Iluminam a noite como o dia
lágrimas e luz, um arco-íris!
Esperança, aleivosia, se vingou
E a vida recomeça
Do pólen que se desprende de uma flor
Há sempre um verniz em todas as cores
Há sempre um verniz em todas as dores
Henrique Biscardi