segunda-feira, 7 de maio de 2012
PEDRA TUA
Fragmento calcário
Esculpido em calor, agua , sombra e dor
Brasa adormecida
Misturada à terra
E tocada por sua curiosidade
Entre o indicador e o polegar
Sou imaginação!
Deixe-me percorrer pelo abismo de seus temores
Deixe-me descortinar suas mágoas
Deixe-me estravasar sua ira
Se lhe incomodo por estar em seus sapatos
Também não permito que suas histórias sejam jogadas ao vento
Eu te sinto e te liberto
Você me aperta e sente
O quanto a vida é dura
Liberta-me
Liberta-se
Arremessa-me ao encontro de uma vidraça
Que eu faça estardalhaços maiores que a sua risada
Que eu seja a sua ira
Sou fragmento que fragmenta
Sou coléra de sentimentos
Sou colapso e reconstrução
Não tenho asas, mas através de ti
Posso voar
Corto o vento e estilhaço o tempo
Sigo na velocidade da luz
Em busca do nada
Rabisco as água do rio
E deixo que círculos se formem ao meu redor
Eu vou e volto
Sou boomerangue
Sou o que vai na ponta do estilingue
Sou força bruta que sua alma elástica
Não quer soltar
Sou pedra tua, menina
Cantada em jogo de azar
Seu número da sorte
Seu destino, seu norte
Sou palavra que não quer calar
Por: Henrique Biscardi
quarta-feira, 2 de maio de 2012
VIDA DEBOCHADA
Camaleando a vida
Saciando a fome do leão
Um dia, cigarra
Outro, escorpião
Equilibrado sobre galhos
Canto para os males espantar
Se não me agradas, sai de perto
Pro meu ferrão não te pegar
Sobre as armadilhas da vida
Não falo, tiro de letra
Se hoje, sou lagarta
Amanhã, borboleta
Azuis ou amarelas
Coloridas e desbotadas
Não há atalhos ou ciladas
É a vida que passa assim por mim, debochada.
Por: Henrique Biscardi
Saciando a fome do leão
Um dia, cigarra
Outro, escorpião
Equilibrado sobre galhos
Canto para os males espantar
Se não me agradas, sai de perto
Pro meu ferrão não te pegar
Sobre as armadilhas da vida
Não falo, tiro de letra
Se hoje, sou lagarta
Amanhã, borboleta
Azuis ou amarelas
Coloridas e desbotadas
Não há atalhos ou ciladas
É a vida que passa assim por mim, debochada.
Por: Henrique Biscardi
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