Um dia, "sei lá"
Sol na moleira
Em frente a barraca do seu Ferreira
Rodou sua saia
Menina faceira
Na boca melada por cajá
Lingua doce a penetrar
Respondi, está bem, vamos lá
E você se prestou assim, a bailar
Puxando meus braços a lhe grudar
E eu, bunda estatelada na sarjeta
Esperando alguém que me desse um trocado
Uma gorjeta
No meu cangote grudou
Seus braços, me laçou
Me tomou, possuiu, fincou
Um dia, "Sei lá"
Fui pego assim, sem esperar
Meu coração jogado às pressas
Ao "Deus dará"
De encontro a esse seu pulsar
Na minha vida fez morada
Essa moça que veio do nada
Fez-se eterna namorada
Henrique Biscardi
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